terça-feira, 16 de outubro de 2007

ping-pong

Parece que a lista A, apesar do mérito em ter respondido directamente às questões que são levantadas neste boletim, o fez com claro excesso de retórica. Publico aqui algumas notas sobre o assunto:

honorários: honoris causa
O problema dos honorários que levantei não se refere aos honorários cobrados pela prestação do serviço de arquitectura a clientes não-arquitectos; refere-se, como muito bem se lê, à relação cada vez mais indigna entre os estagiários e/ou recém-licenciados e empregadores arquitectos. Seria até de bom tom que os arquitectos fossem obrigados, perante a Ordem, a declarar as relações laborais e de prestação de serviço que mantêm com outros colegas (para evitar a exploração que vai singrando entre membros da classe).
Isto era o que eu queria que a digníssima lista A (assim como as outras) comentasse.
P.S.: Que a Ordem se mexa para revogar um decreto-lei, angariando dezenas de milhar de assinaturas, tudo bem; mas quando se pede para gerir de forma mais justa as relações laborais entre membros: "ah! isso só recorrendo ao governo, à NASA, e a uns laboratórios russos muito avançados. Nós não temos capacidade para mexer em tal assunto..."

Quotas
Tanto texto para não dizer quase nada. Mau presságio para a utilização dos recursos gerados pelas quotas.

Câmara dixit
Mas então o que andou a fazer a Ordem no último mandato? Não sei se repararam mas o "555", alterado pelo "177" já data de 2001.

Buraco negro no Star System
Blá...blá...blá...sonífero

Mas então havia outros arquitectos...não sabia
citando: "Consideramos o concurso público de concepção a forma prioritária de adjudicação de projectos de âmbito público e privado". E descobriram isso hoje? Mérito pela humildade, mas a ignorância prévia assusta...

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

INTRODUÇÃO

Seguem-se algumas questões que seguramente muitos querem ver abordadas pelos candidatos ao poleiro da O.A.
Pretende-se evitar o marasmo de boas intenções patéticas do tipo "de todos para todos" ou "postura aberta e descomprometida" e outras frases que apenas representam falta de coragem e desperdício de tempo.

Aceitam-se quaisquer sugestões para abrilhantar este boletim (os comentários podem ser anónimos embora fiquem sujeitos à aceitação da gerência).

honorários: honoris causa

O que pensam os novos candidatos de criar uma tabela de honorários que defenda o acesso ao trabalho remunerado dos nossos colegas? Uma tabela com valores monetários mínimos em função da experiência, sem papas na língua e associada a um código de taxas e penas por incumprimento. Ainda temos candidatos...?

Quotas

Qual a opinião das listas candidatas a uma alteração justa ao sistema de pagamento de quotas? Uma que conduzisse ao pagamento de um valor mínimo acrescido de taxas por cada projecto oficialmente submetido? Como se justifica pedir aos membros o pagamento de um serviço que a maioria não usa?

totobola

Qual a posição das listas face à actual pertinência da sustentabilidade na arquitectura?
a) Os painéis solares ficam mal.
b) A sustentabilidade é com o engenheiro de estruturas.
c) Uma postura pro-activa da OA, reconhecendo que nada sabemos sobre energia e afins, a implementação de um programa bem mais completo de formação, e a acreditação de membros e projectos face à nova legislação.

dura lex sed lex... mas só se pagares

E que tal usar parte do dinheiro da quotas para subvencionar um real apoio jurídico aos membros? O que pensam os novos candidatos sobre isto?

Câmara dixit

Que actuação propôem as listas concorrentes face às demoras que as Câmaras Municipais impõem nas apreciações dos nossos projectos? E refiro-me apenas aos atrasos devidos à inépcia camarária! As questões dos recorrentes excessos de zelo e das inúmeras prepotências resolvem-se depois.

Buraco negro no Star System

Alguma das listas candidatas tem uma posição pública face à falta de profissionalismo de muitos colegas enquanto docentes no ensino superior público, e traduzida em faltas recorrentes às aulas e uma pontualidade indigna? (profissão liberal oblige...)

Mas então havia outros arquitectos...não sabia

Qual a postura das listas face ao aparente tráfico de influências na atribuição de projectos sem o justo crivo do concurso público? Lembram-se do Porto 2001?